Um conto da vida real.

Se fala tanto em assalto, roubos, mortes...Esta coisa de ser assaltada ou assaltado é nojento, desumano, acaba com a gente. Parece que o ser humano que esta na nossa frente, assaltando, levando nossos bens a força, tirando seu esforço de trabalho, disposto a tirar até a sua vida se preciso for. Não é um ser humano, e sim um diabo travestido de homem...Não, não há nada que possa descrever o ato de ser assaltada ou (o). Nenhuma palavra pode descrever o que alguém sente. Mas veja só o que me aconteceu. Isto foi a muito tempo mesmo atrás, quando muitos de vocês ainda nem sonhavam em nascer. Era na verdade 1978. Eu estava então com dezessete anos de idade. Idade tenra, boa saúde, e beleza por assim dizer, coisa de idade. Pois quando se é jovem, tudo é perfeito, maravilhoso. O fato era que; eu era muito magra, esbelta e me achava a rainha da magreza. Pois é, nada disso impediu de um cara me assaltar. Era uma tarde de domingo. Aos finais de semana, eu tinha folga no Pão-de-açúcar. Trabalhava numa das lojas desta rede la no alto da Lapa. E é bom lembra, que nesta época o comércio em geral, não trabalhava aos domingos, como se faz hoje em dia. Já não existe também mais esta loja onde trabalhei nesta naquele tempo. Mais enfim. Eu visitava uma família la no Vista alegre. Um bairro ainda pior do que eu residia; vila penteado, no quesito violência. Eu atravessava parte de uma favela. Passava por um descampado. Na verdade neste local vez por outra, vinha um circo ou aqueles parques de diversões se instalar. Em volta estavam as ruas que cercava esta área, por onde eu tinha que cruzar, e alcançar outra rua que ia me levar até o outro bairro, que não era tão distante, mas era de certa maneira perigoso andar só por aquelas paragens, porque tinha lá aqueles locais desertos. Eu poderia até tido um fim trágico por tudo que me aconteceu. Mas eu estava caminhando porque não tinha dinheiro para pagar ónibus. Percebi que a uma certa altura, uma pessoa passou a me seguir. Sem dar amostra que tinha percebido que estava sendo seguida, parei para atravessei a rua. Foi ai que tive a certeza que estava sendo seguida. Era um jovem. Talvez com a mesma idade que a minha, 17 anos, ou mais, ou menos,o que importa é que eu estava completamente enganada quanto ao que estava pensando. Era um moreno, acima de qualquer suspeita. Bem vestido, cabelos curtos e bem penteados. Era uma tarde quente, bonita de domingo. Bom, de repente este meu corpinho lindo chamou a atenção de alguém, que vai me parar e pedir meu número de telefone. Que corpo bonito que nada. O cara tava lá ligando para isso quando me alcançou. Ele me enquadrou bruscamente. Segurou o meu braço com certa rudeza, e falou:

- Quietinha. Fica aqui bem do meu lado. Sem qualquer tentativa de chamar atenção. Te estouro os miolos aqui mesmo. Passa a grana. Vamos, abre esta carteira.

Eu estava com uma carteira de couro linda que havia comprado la na feira de artesanato da Praça da República. Era linda, tinha um cacho de flores, linda minha carteira. Que pena, pensei. Já era minha carteira. Droga, eu não acredito. Estão me assaltando. Também pensei:

- Droga, que falta de sorte este cara está. Fez todo este trajeto atraz de alguém que não tem dinheiro. Meu Deus ele vai ficar com raiva, e o que vai ser de mim agora, pensava, temerosa em abrir a carteira vazia.

- Olhe moço, não tenho dinheiro, e abri toda a carteira, e falei-lhe:- Tenho apenas meu passe de ónibus para ir trabalhar na segunda-feira...

- Tá, tá...Da o passe então. Sai fora. Age como se nada tivesse acontecido. Não olha para trás não...

Moral da história, ladrão que é ladrão, não liga para seus alvos não.A pessoa pode ser o que for. Alta, baixa, magra, gorda, feia, bonita,...O que o ladrão quer mesmo é fazer o que mais gosta de fazer, roubar. Pensei em gritar, porque achei que ele não tinha arma coisa nenhuma, como deu para pensar, quando me mostrou um leve volume sobresaido do seu cinto. Poderia ser uma carteira, ou algo que não fosse uma arma...Mas não quis pagar para ver. Afinal uma pessoa que assalta, já esta fazendo um ato covarde e desumano para com a outra pessoa. Fazer outra maldade não vai lhe custar mais nada. E apesar de ter saído ilesa do ataque covarde do rapaz, tive muita sorte desta criatura não ter atentado contra minha integridade física, pois afinal eu estava sem dinheiro, sem nem um centavo...Graças Deus por isto.

Como você classifica um blog?

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Manhã



É das manhãs que eu gosto.
De preferência, a penumbra do amanhecer.
Sublime estado dos tempos que enobrece os cantos do mundo.
Não se importando se no campo, cidade, periferia...
Tudo e todos estão recebendo a cada amanhecer uma mesma quantidade de energia renovada.
Relaxe;
Absorva a quantidade que quiser desta energia revigorativa,
Ela é totalmente sem contra indicação, e, é; de graça.
...
Certo jovem certo dia,
Resolveu viver sem medo.
E foi viver sob o teto do tempo, quer dizer; viver no mundo sem teto, ao vento.
Quando interpelado por vozes eloqüentes, subjuntivas, ávidas em reparar os estranhos sentidos que o jovem arbitrariamente ousou para direcionar sua vida; este não titubeou em responder:
- É de conhecimento da humanidade, de que a pobreza, foi, é, e sempre será um lado nobre de ser do ser humano. Portanto resolvi a partir de agora ser nobre.
- Como assim! Interveio a mãe desnorteada. O que você, meu único e amado filho quis dizer com isto?
...A resposta ele deixou para o tempo responder-lhe.

Francis

Crônica


Quando não tudo.

Posso não ser exatamente tudo que você pensa. Mas sei exatamente tudo que sou.
Sou a emoção a flor da pele. Derramo lágrimas por um gato atropelado; duvido da justiça do homem e creio na de Deus.
Não caibo mais neste tempo deste mundo sob efeito estufa. Não sou menos triste que as águas do Tietê que corre sem vida pelo tempo a fora sem perspectiva alguma de tempo para voltar a ter vida algum dia novamente.
Tenho a mesma fome do abandonado nalguma parte do nordeste seco e desprezado pelo poder de nada que se apodera de nossas vidas em Brasília do Brasil que perece pouco a pouco junto com a Amazônia pré-destinada a ser o Saara das Américas.
Sou o prato de comida do cachorro abandonado na fome da rua fria da metrópole carcomida pela ignorância da vida vivida nela.
Sou a cor destratada pela outra cor que acha que é, sei lá, melhor que a outra, quando cor é apenas a superfície. Pois sob esta superfície de alguma cor, uma carne de cor vermelha nos faz seres iguais perante todos e a tudo na face da terra.

Francis

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Donde saiu Pintaildos

Estas lindas criaturas, estiveram lá. Hoje elas são assim, sorridentes e felizes. Nem parece que fizeram parte desta história narrada pouco abaixo. Mas as glórias geralmente são construídas,sobre as derrotas. Não que fossemos derrotados quando estivemos vivendo naquele local, pelo contrário, este lugar foi de onde tiramos força para vencer, e hoje estarmos ocupando uma vida boa, sem riqueza, mas livre de muitos aborrecimentos e transtornos que existe na vida de quem não vence o mal e se deixa levar por ele.







A linguagem é toda estranha, não estranhe. É tanto coisa que a vida cria, que passamos a juntar coisas e frases e momentos... E um amontoado de momentos acabam se tornando inevitavelmente em  criação de histórias e conto para contar para o mundo inteiro. É assim que que todo  mundo conhece a força que a vida tem, nesta terra de meu Deus.



Viver em carne e osso a vida fora da realidade, na verdade, ninguém vive. Andar por onde normalmente uma pessoas prefere não nadar; foi onde encontrei as minhas criações. E não foi diferente na história com os Pintaildos.

Viver num "Buraquinho", talvez ninguém vive ou quer viver. Mas nós vivemos.

Sabe, modéstia aparte, é pra lá de legal. Nossa! Se enfiar dentro de um "Buraquinho", num dia frio, é bom de mais. E não ter muito que limpar, é ainda melhor.

Entremeio de luxuosos casarões de vida normal eu vivia. Entremeio de gente de vida normal, eu existia. Caminhar por ruas de gente civilizada e de certa forma abastada é até desconfortante, quando se é vista como sendo "os moradores daquele quintal infernal" .

Encravado no meio de uma rua de classe alta da Freguesia do Ó, um aglomerado de casinha pequenas, abastadas por um farto quintal, existia. Escondidos sob uma destas residências mínis estávamos. Ao bem da verdade, isto nos fazia, de certo modo, privilegiados. Pois estávamos tão escondidos, que descobrimos que nãos nos entravamos nas listas dos mal feitores e arruaceiro dos ilustres moradores ali do bairro de Itaberaba.

As pessoas que habitavam aquele quintal, eram de fato de mal génio e torturadoras de vizinhos. E se não bastassem as algazarras, brigas e loucuras pós bebedeiras, a vizinhança tinha que aguentar os atiradores de pedras, que tinham menos de sete anos. Estes vis atiradores, quebravam inúmeras vidraças diárias. E os vitimados não tinham como identificar estes vândalos mirins. Para o azar de muitos, estávamos numa baixada, e as mansões nos altos. Deus, era triste ver a destruição dos grandes pelos pequenos. Imagino como deveriam ficar os donos dos imensos palacetes, ao verem suas vidraças estraçalhadas por pedras atiradas do nada, por nada. Deveriam consultar os infernos todos os dias para ver se o Demo entregava seus pertencidos que estavam destruindo suas casa valiosas.

Bem. Deu para notar como foi fácil escrever - Pintaildos-


As aventuras de 2 Pintaildos No quintal da Cidade



No quintal,
Os pintaildos chegaram acelerados:
-Cóóóóócóóóóóócó...
(Oi! Eu me chamo pé-ligeiro).

-Cóóóóóóóóóóóóócó...
(Oi! E eu sou bico-fino).



Foi um tanto esquisito,
Ver aqui na cidade,
Dois pintaildos, Em velocidade.
E,
O que acharam nossos amiguinhos empenados?

Falou Pé-ligeiro:

-Có, óóó, có, có, óócó.
(Adorei! Vou ciscar ligeiro o quintal inteiro!)

Cantarolou bico-fino:

-Có, óó, óóó, cóóó.
(Afinado! Cantarei com meu bico-fino, como se fosse um violino!)!


Por esta,

A dona minhoca não esperava:


-Ahhhhhhh! Hoje o sol está quentinho!

Relaxada,
Dona minhoca estava esticadinha no gramadinho,

Foi uma correria,

Pé-ligeiro,

Num lance de sorte,

Encontrou nossa amiguinha do gramadinho,

E,


Bico-fino,

Foi logo tirar satisfações:



-Có,có,có,có,cóóóóóócó! CóCó!
 (Hei! Aqui neste quintal não tem lei! Sem esta de rei do galinheiro. E nem o tal de quem chegar primeiro)!


A minhoca roliça,

Rolou no gramado a resmungar, tratando de despistar os novos habitantes indesejados:


-Ora esta! Pensei que aqui no quintal da cidade não existissem galinhas. Acabaram com o meu sossego! Este quintal agora ta parecendo um galinheiro.


Os amiguinhos viram que estavam sendo enganados, ou melhor, enrolados:


-Có, có, cócócó!

(Olhe pé-ligeiro! A guloseima está fugindo).


-CócócóCó.
(Calmo bico-fino. Daquela pedra ela não passa).


-Zaaaaapt!


Num abrir e fechar de bico,

Pé-ligeiro,

Estava com o petisco no bico.



Bico-fino,

Não se deu por enganado,

E,

Na outra ponta da minhoca,

Segurou firme com seu bico de violino.

Soltar?

Tititititititititit.


Pobre Minhoca!
Virou uma espécie de elástico,
No bico dos amigos empenados:
Um deles;
Eeeeessssstiiiiiiicaaaaava pra lá!
 O outro;
Eeeeessstiiiiicaaaaava pra cá!
O que fazer para não sair desta enrascada,
Quebrada?

Graças as suas ginásticas,
A minhoca não sofreu maiores danos,
E pode com tranqüilidade falar com seus perseguidores.
De tão esticada que estava, espremendo-se para falar, optou por falar na língua do “i”:
- Pirqui vicis ni ispirim i timir imi quirsinhi nisti sil bim quintinhi mis imiguinhis?
(Por que vocês não esperam eu tomar uma corsinha neste sol bem quentinho meus amiguinhos?)

Os pintaildos;
Espertos e meio desconfiados;
Sem, no entanto largar o petisco,
Resolveram falar na língua do “Ó”.
Bico fino de bico trancado falou:
- Óooo,ÓÓÓóóóóóó!
(Nada pior do que comer minhoca descorada!!!!!)
Pé-ligeiro bateu o pé em protesto:
- ÓÓÓÓ!Óóóóóóóóóóóóó!
(Baaaah! Não se pode comer minhoca de qualquer jeito aqui na cidade!?!?)

Desta a dona minhoca estava perto de escapar. E para isto acontecer o mais rápido possível;
Fez o que mais sabia fazer. Encheu a cabeça dos pintaildos de minhoca, voltando a falar na língua do “i”:
- Is minhiquis di cididi, ni, invirni fiqui brinquis. Pir issi ilis pricisim timir sil.Vijim isti qui i piri birri!
(As minhocas da cidade, no, inverno ficam brancas. Por isto elas precisam tomar sol. Vejam! Estou que é puro barro)

Bico-fino rapidamente largou o petisco, e cuspiu repetidas vezes no chão:
-Cóf, Cóf! Minhoca de puro barro! Que Horror!
Pé-ligeiro abriu ligeiro o bico. Era demais para ele comer minhoca recheada de barro.

A minhoca com as pontas solta, e inteira, encolheu de forma que sua forma natural voltasse ao normal. E sem perda de tempo, entrou no buraquinho:
- Zuuuuupt!!!!

Quando viram a cena. Os pintaildos ficaram de bicos abertos.
E partiram para uma calorosa troca de acusações:
- CóCóCóóóóó.óóó´!!
(Foi sua culpa seu bico desafinado!)
 -CÓCÓ!Cóóóócóóó´!)
(Não Não.Foi seu pé-rapado)

Os insultos pareciam não terem fim.
Distraídos, quando perceberam, era tarde de mais.
Uma porta fora aberta.
Dela saiu em disparadas dois pastores prá-de-alemães.
E..........De caçadores,
Os pintaildos passaram a ser a caça.
Foi um Deus nos acuda!
O quintal se transformou num campo de batalha.
Era,
Cães pulando de um lado e pintaildos jogados do outro, feito petecas.

Eis que surge uma saída, para os quase despenados pintaildos.
Bico-fino,
Sem fôlego, gritou para o amigo, quando vira uma pequena porta no fim do túnel, ou melhor, no final do quintal:
- CÓÓÓÓÓ!!!
( Pro banheiro companheiro!!!)
Aliviado pé-ligeiro respondeu:
-Cócócoóóóó´!!!
(Amigo! Estes camaradas são mesmos uns cãoniceiros!)

Na manhã seguinte.
Trancados no banheiro.
Final de madrugada.
Os dois pintaildos despertam.

Era hora de se prepararem para a cantoria.
As apresentações eram muito bem ensaiadas.
Primeiro subiram no trono.
Limparam as gargantas.
Bateram as asas ruidosamente.
E abriram o bico para o mundo inteiro ouvir:
- Co-cori-cóóóóóóóóó.
-Co-Cori-cóóóóóóóóó.
-Co-Cori-cóóóóóóóóó.
Foi uma cantoria de tirar o sono.
Não teve cristão que não pensasse no fim da dupla empenada.
Porem o fim da dupla aconteceu,
Bem antes do que se imaginava.

Ninguém ensinou para os pintaildos,
Que não se deve entrar no quintal do visinho,
Sem ser convidado.

E,
Quando os amigos ciscavam o jardim da casa do visinho,
Pela segunda vez!

Desatenciosos como sempre,
Não perceberam que dois pares enormes de olhos negros,
Os vinham seguindo passo a passo, desde o momento que adentraram na casa.

O dobermann esperou pacientemente pelo momento certo:
-Venham mais... Mais... Mais... Mais...
GLUUUUUPT!

Somente muito tempo depois,
Ficou se sabendo da desgraça.
O vestígio de penas ao lado da casa do suspeito foi a prova,
De que os pintaildos,
Foram... Almooooooçados!

                                                                                           FIM


Texto- Francis Nascivalen









Francis.


Pintaildos

(As aventuras de dois pintaildos no quintal da cidade)

No quintal,
Os pintaildos chegaram acelerados:
-Cóóóóócóóóóóócó... (Oi! Eu me chamo pé-ligeiro).
-Cóóóóóóóóóóóóócó...(Oi! E eu sou bico-fino).


Foi um tanto esquisito,
Ver aqui na cidade,
Dois pintaildos, Em velocidade.
E,
O que acharam nossos amiguinhos empenados?

Falou Pé-ligeiro:

-Có, óóó, có, có, óócó. (Adorei! Vou ciscar ligeiro o quintal inteiro!)

Cantarolou bico-fino:

-Có, óó, óóó, cóóó. (Afinado! Cantarei com meu bico-fino, como se fosse um violino!)!


Por esta,
A dona minhoca não esperava:


-Ahhhhhhh!Hoje o sol está quentinho!



Relaxada,
Dona minhoca estava esticadinha no gramadinho,
Perto de um barranquinho.



Foi uma correria,
Pé-ligeiro,
Num lance de sorte,
Encontrou nossa amiguinha do gramado,
E,

Bico-fino,
Foi logo tirar satisfação:



-Có,có,có,có,cóóóóóócó! (Hei! Aqui neste quintal não tem esta de rei do galinheiro. E nem o tal de quem chegar primeiro)!


A minhoca roliça,
Rolou no gramado a resmungar:


-Ora! Até aqui na cidade tá chegando galinha para acabar com meu sossego! Este quintal ta parecendo um galinheiro.


Os amiguinhos viram que estavam sendo enganados, ou melhor, enrolados:


-Có, có, cócócó! (Olhe pé-ligeiro! A guloseima está fugindo).


-Cócócó. (Calmo bico-fino. Daquela pedra ela não passa).


-Zaaaaapt!


Num abrir e fechar de bico,
Pé-ligeiro,
Estava com o petisco no bico.



Bico-fino,
Não se deu por enganado,
E,
Na outra ponta da minhoca,
Segurou firme com seu bico fino.
Soltar?
Tititititititititit!..
....

Para seguir esta leitura até seu final; aceito sugestões.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Banzé

Trabalhar com a união dos tempos, passado e presente, é à razão de criar esta história. Trazer de volta coisas de um tempo que passou; é algo que somente a imaginação é capaz de fazer. E como isto é possível? Através de textos que descrevem com destreza fatos de vidas reais que viveram , e que como um passo de mágica, voltam a vida sob a luz destes escritos que, sem medo algum, conta coisas que não pertence a este tempo, mas sim a tempos que a muito ficaram para trás . Somente com este importante meio de vivificação de vidas que é a ESCRITA, é possível caminhar com o passado que golpeia nossa porta, toda vez que um dia se fecha; quando um ano se acaba, quando todos os tempos que nos forem permitidos, se fecham dentro de nós.
Francis

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Banzé

Sem raça definida. Branco, com algumas manchas pretas. Uma na orelha; outra na pata esquerda e outra na ponta do rabo.

Não lembra onde nasceu; quem o colocou na rua.
Sabe que cresceu nas calçadas e parques da grande cidade.
Passa o tempo farejando lixeiras e rasgando sacos de lixos largados nas calçadas.
Da um trabalhão danado para as donas de casa.
Por sorte ainda não fora recolhido pela carrocinha.

Bem que o homem ali do cachorro quente adoraria.
Humilhações, quanta desumanidade; que havia tirado da cabeça a esperança de um dia encontrar um dono ou uma dona.

A vida da grande cidade é tumultuada. É difícil encontrar alguém com tempo.
Os passos são apressados.
E os dias ainda mais.

Na cidade grande; ninguém presta atenção no verde das árvores.
Nas flores dos jardins.
Os cantos dos pássaros perderam-se no espaço cheio de fumaça.
Ninguém repara mais no sorriso das crianças.

E foi quando tudo parecia estar perdido, que aconteceu.
Deitado no gramado da praça, sem forças nem para caminhar, faminto e com sede.
O mundo girava a sua volta feito redemoinho. Os barulhos dos passos apressados eram de uma manada de elefantes.

E o insistente chamado que ouvia, por um momento, pensou se tratar do dono do cachorro quente querendo transformá-lo em salsichas...

A nuvem branca que estava lhe bloqueando a vista se dissipou e foi ai que viu uma jovem senhora. Ela tinha ar de estar falando sério:

- Psiu!
- Psiu cachorrinho! Olha o que eu trouxe para você. Um suculento almoço.
“Acho que era disso que eu estava precisando. Como foi que ela adivinhou?”
- Quando eu passei aqui ontem; estava com pressa. Mas prometi a mim mesma que hoje lhe traria algo para comer. E aqui estamos.

Foi amor a primeira vista. No outro dia o cachorrinho da rua, estava dormindo sobre um felpudo tapete, rodeado de atenções. Recebera até um nome:
- De agora em diante cachorrinho você vai se chamar Banzé. Você gostou deste nome?
“Um que nome mais engraçado. Mas se ela gosta tudo bem.”
- Banzé eu me chamo Iraci. Agora vou trabalhar. Sua comidinha e a água estão ali no cantinho. Se comporte.
Banzé recebeu um afago carinhoso na despedida.

Banzé não economizou tempo. Desfrutou de sua nova liberdade. Era a liberdade de viver entre quatro paredes.
Subiu no sofá. Correu de um lado a outro da casa, até cair cansado no seu canto de dormir.



.......O final desta história ; está a espera de um editor.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Rooooooomeuuuuuuuuu!!!!!!!!

Nos primeiros anos de vida de um ser. Alguma coisa vai ser lembrada para o resto de uma vida. E o que me faz recordar dos meus primeiros momentos de lucidez , foram os miados de minha gatinha. Leia a história a seguir e saiba desta história.

O gato Rooomeuuuuuuuuuuuu!

Chana era uma gata bacana.
Esticava as pernas,
Quando tinha preguiça.

Enchia a cauda de lambida.
E,
Quando chovia?
Desta água ela não queria.

Chana deu a luz a um lindo chaninho.
Fogoso,
Logo quis andar sózinho.

E assim que ele sumia,
Chana o chamava na maior gritaria:

-ROOOOOOOOOOOOMEUUUUUUUUUU!
-ROOOOOOOOOOMEUUUUUUUU!
-ROOOOOOOOOOOMEUUUUUUUUU!

Era:

Rooomeuuuuuuuu no muro.
Roooooomeuuuuuu no telhado.
Era grito para todo lado.

Quis o destino.
E fez de roooomeuuu,
Um gato sozinho.

Zelosa,
Mas só de rooomeuuu.
Chana,
Bebeu ,
E não percebeu,
De uma porção venenosa.

Pobre chana!!!!!!!!
Esticada no chão,
Ficou.
Feito balão,
Inflou.

E,
Sem o grito de:

-ROOOOOOOOOOMEUUUUUUUUUU!,

Era:

Gato no limoeiro,
Gato no abacateiro,
Era gato no quintal,
Innnnnnnnnnnnteiro.

Fim


sexta-feira, 3 de abril de 2009

Até eu, não sabia.


Certa vez. Quando meus três filhos eram pequenos, sete,seis e cinco anos.

Contava uma das minhas histórias infantis para eles, e alguns amiguinhos deles, com esta mesma faixa de idade.

Todos estavam sentados. Me olhavam fixo, como que me folheando como a um livro.Ouviam com atenção tudo que eu lhes dizia.

Comecei pelo título. " Onça-pintada, quem foi que te pintou?"

Claro que ao fazer esta pergunta, eu obviamente, estava também contando a história, e que se iniciava por esta pergunta.

Não deu para seguir.Isto porque, uma mãozinha se ergue, e prontamente respondeu a esta pergunta que eu pensava que até então, ninguém sabia responder.

- Tia! Eu sei quem pintou a onça. Foi minha mãe.

Risos abafados pelas mãos. As crianças vendo a ingenuidade da pequena menina, não se conteram. E para não a fazer chorar, riam com a mão tapando o rizo.

Mas graças a Deus tudo foi esclarecido.

A mãe da garotinha era manicura e maquiadora. E ao ver da criança, ela poderia ter sim pintado a onça.

Puxa. Até eu não sabia desta possibilidade.


Mas para entenderem melhor, leiam a história " Onça-Pintada".

Meu saber


Tratar de escrever o que o tempo me ensinou ao longo do meu tempo vivido na terra; é o que vou estar escrevendo o tempo todo neste canto de todos.

teu saber







O que a vida te ensinou? O que você ainda não aprendeu? É vivendo que se aprende? Quantos saberes foram úteis na sua vivencia? E os viveres que você não viveria de novo. E os que você repetira se pudesse.