
Um conto da vida real.
- Quietinha. Fica aqui bem do meu lado. Sem qualquer tentativa de chamar atenção. Te estouro os miolos aqui mesmo. Passa a grana. Vamos, abre esta carteira.
Eu estava com uma carteira de couro linda que havia comprado la na feira de artesanato da Praça da República. Era linda, tinha um cacho de flores, linda minha carteira. Que pena, pensei. Já era minha carteira. Droga, eu não acredito. Estão me assaltando. Também pensei:
- Droga, que falta de sorte este cara está. Fez todo este trajeto atraz de alguém que não tem dinheiro. Meu Deus ele vai ficar com raiva, e o que vai ser de mim agora, pensava, temerosa em abrir a carteira vazia.
- Olhe moço, não tenho dinheiro, e abri toda a carteira, e falei-lhe:- Tenho apenas meu passe de ónibus para ir trabalhar na segunda-feira...
- Tá, tá...Da o passe então. Sai fora. Age como se nada tivesse acontecido. Não olha para trás não...
Moral da história, ladrão que é ladrão, não liga para seus alvos não.A pessoa pode ser o que for. Alta, baixa, magra, gorda, feia, bonita,...O que o ladrão quer mesmo é fazer o que mais gosta de fazer, roubar. Pensei em gritar, porque achei que ele não tinha arma coisa nenhuma, como deu para pensar, quando me mostrou um leve volume sobresaido do seu cinto. Poderia ser uma carteira, ou algo que não fosse uma arma...Mas não quis pagar para ver. Afinal uma pessoa que assalta, já esta fazendo um ato covarde e desumano para com a outra pessoa. Fazer outra maldade não vai lhe custar mais nada. E apesar de ter saído ilesa do ataque covarde do rapaz, tive muita sorte desta criatura não ter atentado contra minha integridade física, pois afinal eu estava sem dinheiro, sem nem um centavo...Graças Deus por isto.
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quinta-feira, 18 de março de 2010
guilolobay. escritora dos tempos


Para sempre.
Olha amor não se misture. Não tente ser aquele ser que não entra em mim, a não ser através das linhas da minha imaginação e que se acaba no ponto final de uma, das muitas das minhas criações. Meu vasto mundo de - faz-de-conta é inofensível, é invisível, somente se deixa ver por mim. Tenho acesso restrito. Uso de todas as imaginações lá contidas. Tente entender amor de minha vida, que além deste mundo em que juntos habitamos, possuo outros mundos que vão nascendo e morrendo sob movimento retilíneo da desenvoltura de um conto, história romântica ou de uma simples crônica. É difícil para uma pessoa complexa como você, entender este lado obscuro, de que é feito um criador de fábulas. O que é mais complicado ainda, é conviver com as palavras que saem, sabe-se lá para que realidade, a da imaginária ou real. Amor não se importe com nada que vem sob forma de contos, porque é para lá e somente pra este fim que elas são destinadas. O que vem para você são todas as realidades que compartilhamos a luz do dia de cada dia que vivemos. Não corra o risco de se perder nalgum episódio que me escapa, mas que logo o corrijo ou o apago. Amor você não é um personagem, é um ser real de minha historia real. Tente dormir sem pensar no que a escrita te falou, pois ela está obedecendo a outros lados e não o seu. Deixe meu ser construir as historias que não são minhas, mas suas e de todos que quiserem tê-las. Amo-te.
Para sempre,