Aconteceu o que geralmente acontece com qualquer vivente.
Não estamos imunes a estes males. E a droga que assola membros de outras famílias, pode se virar contra a sua que não tem nada haver com o peixe. Exatamente como o que aconteceu na minha família , nesta fatídica tarde e começo de noite de quinta feira 16/01/2014.
A construção final de nossa casa esta apenas começando, e nunca pensamos que fossemos nos deparar com uma situação dramática desta.
Um dos ajudantes do pedreiro principal, que não sabíamos, é um usuário de droga daqueles bem problemáticos, que a família tenta de todos os meios, salvar.
Esta criatura, entra inesperadamente em nossa casa. Eu, que estava no andar de cima, onde aconteciam as obras, fui a primeira a ver ele entrar portão a dentro, passando inclusive por cima dos cachorros, que mesmo todos cercando ele, também como o portão, não conseguiram evitar que ele chegasse até a escada para se dirigir ao segundo andar da casa.
Corri para a escada segundaria, para tentar fugir de uma pessoa com cara de insano, que claramente era perceptível a qualquer vivente. Mas fui alcançada quando tentava sair do ambiente, por uma escada secundaria. E começou ai, toda uma conversação para minha sobrevivência, que durou alguns minutos, que para mim representaram horas. Estava cara a cara com desconhecido, que não reconheceria, a meu ver, a própria mãe.
E com os olhos esbugalhados, pele sem sangue , uma descoloração infernal , capaz de matar qualquer um de susto, ele iniciou uma reza do mal.
- Olhe senhora, quero meu dinheiro. É só isto. Eu matei um homem agora mesmo a pauladas. Olhe...
Ele exibiu um corte meio profundo, mais curto, no braço. Segundo ele, era uma facada do homem que ele havia acabado de matar. Mas a facada, segundo ele, teria sido dirigida a seu pescoço. Mas com uma agilidade que ele demonstrou , se desvencilhou do golpe mortal, e acertou o seu agressor com uma abordoada, também mortal, e certeira. E após o agressor cair o encheu de pauladas, até o deixar sem vida. Palavras de um usuário violento, que mostrava sem remorsos, que era capaz de matar qualquer um que o contrariasse.
Bom, diante do perigoso ser, e sem saber como me livrar de tal perigo, falei rapidamente que pagaria pelos dias dele trabalhado ali na nossa casa, sem qualquer problema. Bastaria que ele permitisse que eu fosse até o telefone para ligar para meu marido, para que ele trouxesse a quantia que ele estava pedindo pelos dias trabalhados. Só isso. E ele respondeu prontamente, acreditou, e me liberou para ir até o telefone.
- É isso mesmo que eu quero dona, meu dinheiro. E foi por isso que matei. O cara me tirou ta sabendo. Me tirou legal. Começou me querendo drogar. Me ofereceu um cigarrinho, uma pedra...Disse-lhe que não. Eu quero os meus 360,00$ que você me deve camarada. Ele estava pensando, que porque eu fiquei internado na clínica, eu tinha me esquecido. Esqueci nada dona. Eu trabalhei para ele que nem um burro, sabia...E chorava, chorava. E neste momento, até esboçou um pouco de arrependimento pelo que acabara de fazer:
- Ó meu Deus eu matei. O senhor me perdoa. Eu matei por causa de 360,00$ que eram meus. Ele me tirou legal. Me dizendo que não ia me pagar coisa nenhuma. Não aguentei esta desfeita.
E, assim, estava eu diante de um assassino desesperado, completamente fora de si, sem controle algum sobres seus atos.
E para complicar, o Ruben estava preso dentro de um trem, que por causa da chuva forte que acabara de cair aqui em São paulo, estava com dificuldade de chegar até na estação.
Mas o fato era, eu estava diante de uma pessoa que acabava de cometer um assassinato, com uma facada no braço direito... Acreditem, o estado em que se encontrava tal pessoa, era lastimável. Um verdadeiro barril de pólvora prestes a explodir, diante de qualquer faísca de contrariedade que fosse cometida contra seus interesses.
E o interesse dele era bem claro: dinheiro. Dinheiro, uma coisa que pode produzir o mal; e também o bem.
Mas, graças a Deus, que tudo acabou bem. Finalmente o Ruben chegou com a quantia de 180,00 que ele pedia. E de posse do valor, que ele prontamente conferiu. Como havia prometido, e com o auxilio da família dele, foi embora.
Graças ao meu Deus, por mais uma vez ter livrado minha família do mal, amem.
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